
Revista Vox Legis
Onde o Direito ganha voz, propósito e humanidade
Apresentação da colunista
Dra. Rita Núñez Martínez é advogada, com especialização em Direito Internacional , MBA em Gestão Jurídica aduaneira e internacional pela Abracomex em parceria com a universidade de Massachusetts institute of Bussiness. Dupla certificação Brasil e Estados Unidos, mediadora e conciliarora TASP
Na Vox Legis, conduz uma coluna dedicada à escuta, ao equilíbrio e à construção de soluções fora do litígio, unindo técnica jurídica e sensibilidade humana.
O valor jurídico da escuta: quando ouvir é também um ato de justiça
Há algo profundamente transformador em simplesmente parar para ouvir.
Num mundo que fala alto, quem escuta oferece espaço e no Direito, esse espaço é onde a justiça começa.
A mediação nos ensina que antes do argumento vem o silêncio atento.
Quando o advogado ou o mediador escuta de verdade, o conflito deixa de ser apenas uma disputa e se torna uma história humana.
Muitas vezes, o que a pessoa quer não é vencer, mas ser compreendida.
A legislação já percebeu isso.
O Código de Processo Civil e a Resolução 125 do CNJ consagram o diálogo como forma legítima de pacificação.
Mas é no cotidiano dos atendimentos que a teoria ganha voz: uma conversa acolhedora pode resolver em horas o que um processo levaria anos.
Escutar é mais do que empatia é técnica, é ética, é direito aplicado com humanidade.
O profissional que sabe ouvir não perde autoridade; ganha confiança.
Porque o cliente que se sente ouvido confia no conselho que recebe.
“Ouvir é reconhecer a humanidade do outro.
E quando o Direito reconhece essa humanidade, ele se cumpre.”
Dra. Rita Núñez Martínez
No fim, a escuta é o verdadeiro ato jurídico da paz.
Ela não está no código, mas dá sentido a todos eles.
Apresentação do colunista
Dr. Luciano Nascimento dos Santo Advogado. Especialista em Direito Tributário e Inovação Jurídica.Pós-Graduação em Direito Tributário, Processo Tributário e Prática Tributária,Pós graduado em direito internacional .MBA em Gestão Jurídica aduaneira e internacional pela Abracomex em parceria com a universidade de Massachusetts institute of Bussiness. Dupla certificação Brasil e Estados Unidos
Na Vox Legis, assina a coluna “Direito em Movimento”, onde reflete sobre o impacto da automação e da inteligência artificial no exercício da advocacia;os novos desafios éticos da profissão;e as transformações do Direito Tributário em um mundo de dados e algoritmos.
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Direito em Movimento
Entre algoritmos e arrecadação — o novo rosto do Direito Tributário
A tecnologia não está apenas mudando a forma como trabalhamos está redesenhando a própria lógica da arrecadação.
Hoje, enquanto o contribuinte ainda preenche formulários, os sistemas fiscais já cruzam dados, comparam notas, rastreiam operações e aplicam penalidades automaticamente.
O Fisco virou algoritmo.
E o advogado tributário precisa aprender a dialogar com ele.
O campo tributário, tradicionalmente técnico e burocrático, tornou-se um dos mais digitalizados do Direito.
Ferramentas de compliance, inteligência fiscal e cruzamento automatizado de informações trazem agilidade e precisão, mas também amplificam o risco dos erros.
Um detalhe contábil incorreto, uma classificação fiscal equivocada e o sistema não hesita.
Notifica, bloqueia, executa.
É nesse cenário que o advogado assume um novo papel: o de intérprete entre o humano e o digital.
Não basta conhecer o Código Tributário Nacional; é preciso compreender o código que roda dentro das máquinas.
Saber onde o sistema erra e onde o Direito precisa corrigi-lo.
“O advogado do futuro não enfrenta a tecnologia.
Ele a traduz para o Direito.”
Dr. Luciano Nascimento dos Santos
Mas há um ponto essencial: a ética.
Com dados sigilosos, automatizações e integrações em tempo real, cresce o dever de confidencialidade e de boa-fé.
A advocacia tributária passa a ser também uma guardiã da integridade digital.
Mais do que contestar autuações, o advogado tributário moderno previne riscos, desenha fluxos e orienta empresas para evitar sanções.
É um trabalho silencioso e vital.
Porque o verdadeiro avanço tecnológico no Direito não é automatizar o litígio, mas evitar que ele exista.
O futuro da advocacia tributária será híbrido:
humano na interpretação, tecnológico na execução.
E, acima de tudo, ético porque, por trás de cada algoritmo, ainda há uma decisão que precisa de consciência..
